Afeganistão comemora e se diz vingado com descoberta de Bin Laden no Paquistão. Vizinho também comemora morte
Karzai disse que talibãs deveriam largar armas, mas um embaixador do grupo já descartou desistência do terror. Premiê paquistanês fala em 'grande triunfo'
Cercado por seus dois vices, o presidente afegão, Hamid Karzai, fala sobre a morte de Osama bin Laden, nesta segunda-feira, em Cabul (Shah Marai/AFP)
"Pedimos aos talibãs que tirem as conclusões do ocorrido e cessem a destruição de seu país e as mortes dos irmãos muçulmanos", disse Hamid Karzai
No ano em que a guerra completa dez anos, Karzai aproveitou para reforçar seu pedido de cautela nas operações militares contra o terror em seu país, de forma a evitar a morte de civis inocentes. Ele também pediu aos insurgentes talibãs que aprendam com a morte do líder da Al Qaeda e interrompam os combates. "Pedimos aos talibãs que tirem as conclusões do ocorrido e cessem a destruição de seu país e as mortes dos irmãos muçulmanos e dos filhos deste país", defendeu.
O pedido, evidentemente, não foi aceitou pelos terroristas - de acordo com o ex-embaixador do regime talibã no Paquistão, Abdul Salam Zaeef, tanto a milícia como a Al Qaeda continuarão na ativa. "Estamos muito irritados com a morte de Bin Laden, mas isso não vai afetar nossa guerra contra as forças estrangeiras e qualquer outro invasor", avisou. Durante a manhã, as ruas da capital afegã, Cabul, continuavam tranquilas depois da divulgação da notícia da morte de Bin Laden.
'Felicitações' - No Paquistão, país onde Bin Laden foi morto, o primeiro-ministro Yusuf Raza Gilani qualificou de "grande triunfo" a operação militar dos Estados Unidos. "Somos contrários ao terrorismo e não deixaremos ninguém utilizar nosso território para atos terroristas contra qualquer outro país. Por isso, considero que trata-se de uma grande vitória", declarou Gilani. "Não conheço os detalhes da operação, mas ela foi exitosa. Apresento minhas felicitações aos americanos."
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